AZM e UFV articulam workshop sobre o cacau como alternativa sustentável de desenvolvimento para a Zona da Mata.

A Agência de Desenvolvimento Regional da Zona da Mata e Campos das Vertentes (AZM), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), articulou a realização do workshop “Cacau das Matas de Minas: Desenvolvimento Regional, Sustentabilidade e Novos Mercados”, promovido no dia 17 de julho de 2025, dentro da programação da 95ª Semana do Fazendeiro.

O evento, coordenado pelo professor Edson Mattiello, chefe do Departamento de Solos da UFV, e por Carlos Eduardo Pereira Orácio, presidente da Agência de Desenvolvimento das Regiões da Zona da Mata e Campos das vertentes (AZM), reuniu pesquisadores, produtores rurais, lideranças regionais, representantes de instituições públicas e privadas e autoridades políticas para discutir estratégias e caminhos para consolidar a cultura cacaueira como uma alternativa sustentável de desenvolvimento e geração de renda na Zona da Mata Mineira.

Segundo o professor Mattiello, a proposta central do workshop foi estruturar e potencializar as iniciativas já em andamento e ampliar o cultivo do cacau na região, aproveitando o cenário favorável de mercado e as condições edafoclimáticas locais. Ele ressaltou que o cacau é uma cultura integradora, capaz de envolver diversas áreas do conhecimento — das ciências agrárias à engenharia de alimentos — e, por isso, a UFV irá criar um grupo técnico multidisciplinar com participação de prefeituras, cooperativas, produtores, Emater, Epamig, SIF e demais parceiros regionais.

Durante a abertura, o reitor da UFV, Demetrius David da Silva, e o prefeito de Viçosa, Ângelo Chequer, destacaram a importância de construir novas alternativas produtivas para a Zona da Mata, região que, apesar de seu potencial agrícola e humano, ainda enfrenta desafios em seu desenvolvimento socioeconômico. O cacau, pela sua capacidade de agregar valor e fortalecer a agricultura familiar, foi apontado como uma das culturas com maior potencial de transformação regional.

O representante do Ministério da Agricultura (MAPA), José Carlos Polidoro, destacou que o cacau está entre as prioridades estratégicas do governo federal e que Minas Gerais foi escolhida como região piloto dentro de um programa nacional coordenado pela CEPLAC, com condições favoráveis de financiamento e apoio técnico.

O presidente da AZM, Carlos Eduardo Pereira Orácio, destacou em sua fala que o cacau representa mais do que uma nova cultura agrícola — é um vetor de transformação produtiva, ambiental e social para a Zona da Mata. “Estamos construindo uma agenda regional integrada, que une pesquisa, produtores e poder público em torno de uma nova economia rural baseada na sustentabilidade, na diversificação e na agregação de valor”, afirmou.

Também participaram da cerimônia o representante da Cargill, Fabio Marques, o assessor do Investe Minas na Zona da Mata, Igor Burkovski, o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFV, José Ambrósio Ferreira Neto, o diretor do Centro de Ciências Agrárias, Mário Luiz Chizzotti, e o deputado federal Reginaldo Lopes, que participou por videoconferência, além de prefeitos, secretários municipais e lideranças regionais.

A iniciativa reforça o compromisso da AZM e da UFV com a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável e inovador para a Zona da Mata Mineira, onde o cacau surge como símbolo da nova economia rural — baseada na integração produtiva, na sustentabilidade ambiental e na valorização das famílias agricultoras.

Fonte: https://www2.dti.ufv.br/noticias/scripts/exibeNoticiaMulti.php?codNot=44256